29 de abril de 2017

A curiosidade matou o gato?

  Você alguma vez já ouviu falar sobre o tal gato de Schrodinger? Tenho certeza que sim, pois estamos tratando de um dos mais famosos, elegantes e intrigantes experimentos de toda ciência. Proposto por Erwin Schrodinger, um dos maiores físicos do seculo passado, um dos fundadores, influenciadores e o que podemos chamar de pai da nova mecânica quântica -situada após 25~30 anos do começo da mecânica quântica e declínio da mecânica clássica ou newtoniana-.
  Pelo contrário do nome do sujeito, seu experimento é mais compreensível e intuitivo. O dilema consiste em uma experiencia mental onde obtemos uma caixa isolada e totalmente fechada e no seu interior contemos dois objetos de estudos fundamentais no experimento, um gato normal e um elemento radioativo com a probabilidade 50% de decair, ou seja, se um elemento radioativo decai ele transforma-se em outro elemento e libera uma radiação nesse processo -por exemplo, como o elemento Urânio-238 que é um Isótopo radioativo que ao decair libera uma partícula alfa [radiação] e transforma-se no elemento Tório-234 posteriormente- e eventualmente mataria o gato por eventos nucleares e radioativos, por outro lado contemos a probabilidade de 50% do elemento não decair e o gato sair intacto no final do evento.
  A grande questão é: Se fecharmos a caixa com ambos dentro, depois de um tempo, o gato está vivo ou morto? Pode até parecer uma viagem filosófica, mas a resposta para o dilema é: Ele está vivo e morto! Se repetirmos o evento indeterminadas vezes, chegamos aos resultados esperados, exatos 50% vivo e 50% morto, portanto não podemos afirmar que ele está ou vivo ou morto até que abrimos a caixa e observamos, logo para a mecânica quântica se não abrirmos a caixa o gato está no estado de morto-vivo, ratificando os conceitos mais intrigantes da nova física que havia surgido, dualidade da matéria, traduzindo de grosso modo é algo ser uma coisa e outra ao mesmo tempo, mesmo que isso pareça impossível classicamente -como bom e velho exemplo da luz, que propaga-se como onda eletromagnética e interage como partícula, ou vice-versa-.
  Pode parecer estranho ou metafisico algo ser duas coisas ao mesmo tempo, contudo existem muitos estudos e formulações matemáticas que descrevem toda essa discussão. Assim como o principio da Incerteza do físico Heisenberg, que pode ser usado de argumento para o paradoxo de Schrodinger, relacionando com a superposição, onde dita que não podemos abrir a caixa e analisarmos sem interferir nos resultados reais e logo a realidade do gato torna-se interlaçada com o resultado da experiencia onde nossa observação que acaba colapsando entre uma opção e outra. Novamente não trata-se de espiritismo ou esoterismo, trata-se de ciência mais pura e refinada, visto que vivemos e crescemos em um mundo clássico-newtoniano, tornando-se difícil de compreender muitos fenômenos quânticos ou relativísticos. Conclui-se, portanto, certamente o que  mataria o gato é a curiosidade humana!